2/9/2020 0 Comments A nota da sua dor...Por Dra Ana Cristina Se você já se consultou com algum reumatologista, já deve ter sido perguntado sobre qual nota você daria a sua dor. Se ainda não foi perguntado, é só uma questão de tempo... Essa pergunta (qual a nota que você atribui a sua dor?) se baseia Escala Visual Analógica (EVA). Mas o que é isso? É bem simples. Uma vez que a dor é um fenômeno individual e subjetivo, é difícil para o examinador quantificá-la ou acompanhar a sua evolução (Pior? Melhor?). A Escala Visual Analógica (EVA) vem para facilitar essa compreensão. Nada mais é do que uma linha vertical, de 10 cm. Os extremos representam a intensidade da dor. Zero corresponde à ausência de dor, enquanto o 100 corresponde à pior dor imaginável. O paciente, então, deve marcar uma linha perpendicular ao ponto da linha que corresponde à sua dor. A distância entre o início da linha e o ponto marcado, corresponde à “nota” da dor.
Há outras variações como a escala numérica ou com desenhos que expressam a intensidade da dor. A grande vantagem dessa escala é oferecer ao reumatologista uma medida do seu sintoma. Dessa forma, ele pode avaliar se o tratamento tem obtido ou não o resultado esperado. Consulte com um Reumatologista! Referência Hawker GA, Mian S, Kendzerska T, French M. Measures of adult pain: Visual Analog Scale for Pain (VAS Pain), Numeric Rating Scale for Pain (NRS Pain), McGill Pain Questionnaire (MPQ), Short-Form McGill Pain Questionnaire (SF-MPQ), Chronic Pain Grade Scale (CPGS), Short Form-36 Bodily Pain Scale (SF-36 BPS), and Measure of Intermittent and Constant Osteoarthritis Pain (ICOAP). Arthritis Care Res (Hoboken). 2011;63 Suppl 11:S240-S252. doi:10.1002/acr.20543
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Por Dra Ana Cristina A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Colégio Americano de Medicina do Esporte estabeleceram recomendações para que o a atividade física seja eficiente na promoção de benefícios na população em geral. Dentre estas, está a recomendação de atividade física aeróbica de intensidade moderada por pelo menos 30 minutos, 5 vezes por semana (para indivíduos entre 18 e 65 anos) e a recomendação de fortalecimento muscular por pelo menos 2 vezes por semana. Sabe-se que os pacientes com artrites inflamatórias (artrite reumatoide, espondilite anquilosante) e osteoartrose fazem menos atividade física do que os indivíduos hígidos. Entretanto, a atividade física faz parte do tratamento global do paciente com artrites inflamatórias, com benefícios a saúde. As recomendações gerais (condicionamento cardiorrespiratório, flexibilidade, fortalecimento muscular e performance neuromotora) também são aplicáveis a pacientes com artrite reumatoide, espondilite anquilosante e osteoartrose. As intervenções e reavaliações devem ser feitas periodicamente de acordo com os objetivos e tipo de atividade física. Adaptações individuais podem ser necessárias e há o temor de reativação dos sintomas articulares. A regra das 24 horas pode ser aplicada (redução da intensidade dos exercícios se dor persistente por mais de 24 horas). A literatura atual ainda carece de protocolos específicos de atividade física para esse tipo de população. Aumentar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre exercícios e atividade física é altamente recomendável para acompanhamento dos pacientes com artrites inflamatórias. Referências Rausch Osthoff A-K, Niedermann K, Braun J, et al. 2018 EULAR recommendations for physical activity in people with inflammatory arthritis and osteoarthritis. Ann Rheum Dis Epub ahead of print: [23.07.2018]. doi:10.1136/ annrheumdis-2018-213585 27/10/2015 0 Comments Corticoides e artrite reumatoideOs corticoides são drogas com reconhecida eficácia antiinflamatória. Tem sido usados há 65 anos, com atuação na progressão de doença. Essa classe de drogas é um dos eixos do tratamento dessa doença, uma vez que são drogas de baixo custo capazes de exercer atividade antinflamatória e imunossupressão, quando necessário. Quando usado em doses entre 7,5 e 10 mg ao dia, grande parte dos efeitos pode ser manejado. O seu uso é capaz de trazer riscos conhecidos como ganho de peso, osteoporose ou glaucoma. Por isso seu uso deve ser ter indicação precisa. Novas formulações estão em desenvolvimento, como forma de minimizar os efeitos colaterais, como a prednisona de liberação prolongada. Essa droga, pareceu superior à prednisona convencional na redução de rigidez matinal e fadiga em pacientes com artrite reumatoide. A ocorrência de eventos adversos foi semelhante. Referências Bijlsma, J.W.; Jacobs, J.W.; Buttgereit, F. Glucocorticoids in the treatment of rheumatoid arthritis. Clinical and Experimental Rheumatology. Vol. 33 Nr. 4 Suppl 92 Página: 34 - 6 (2015) Buttgereit, F.; Spies, C.M.; Bijlsma, J.W. Novel glucocorticoids: where are we now and where do we want to go? Clinical and Experimental Rheumatology. Vol. 33 Nr. 4 Suppl 92 Página: 29 - 33 (2015) Baseando-se em dados de registro, pesquisadores da Noruega avaliaram a ocorrência de parto prematuro em pacientes com artrite reumatoide.
Foram estudados dados do Registro de Nascimentos Norueguês do período de dezembro de 1998 a dezembro de 2009. Os pesquisadores descobriram que portadoras de artrite reumatoide dessa amostra (1578 mulheres) tiveram mais abortos espontâneos do que as mulheres saudáveis (411.130 mulheres). Para abortos precoces (menos de 12 semanas), 26,2% versus 21,6%, diferença estatisticamente significante. O risco relativo para aborto precoce e tardio (12-22 semanas) é maior naquelas com a doença. Já o risco de parto prematuro foi semelhante entre os grupos. Referência Wallenius, M. et al. Miscarriage and Stillbirth in Women with Rheumatoid Arthritis. The Journal of Rheumatology 2015; 42:9 |
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September 2020
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